sexta-feira, 4 de julho de 2014

“Modelo dos Modelos”




O texto “Modelo dos Modelos” e a relação com o Atendimento Educacional Especializado.

O texto “O modelos dos modelos” do autor Ítalo Calvino, narra a história de um personagem, Palomar, onde tinha como regra a construção de um modelo na mente que deveria ser “perfeito, lógico, geométrico” de fácil adaptação. Aos poucos foi percebendo que modelos ideais não existem e que precisam ser transformados modificados, porém antes, também modificarmos e transformarmos a nós mesmos.

Partindo da ideia do autor e estabelecendo relações com o Atendimento Educacional Especializado e a nossa prática é importante refletirmos sobre os modelos que temos, os que queremos, os que seguimos, o ideal, o real. Todavia, não podemos perder de vista que a escola é composta de múltiplos sujeitos e com especificidades diferentes, sendo assim, lançar mão de receitas, de modelos prontos não é o ideal.

Em se tratando dos alunos, público alvo da educação especial, é essencial que o professor tenha um olhar investigativo para enxergar as potencialidades, limitações e habilidades de cada aluno e, assim pensar em estratégias e objetivos de ensino para cada um.


quarta-feira, 4 de junho de 2014

Vídeo-Aula: Contrução de Materiais 01

Comunicação Alternativa e Aumentativa -



Prancha de comunicação

A Prancha de Comunicação divide-se como recursos de baixa tecnologia e de alta tecnologia. As Pranchas de Comunicação de baixa tecnologia podem ser construídas utilizando-se objetos ou símbolos, letras, sílabas, palavras, frases ou números. As pranchas são personalizadas e devem considerar as possibilidades cognitivas, visuais e motoras de seu usuário. Podem ser soltas ou agrupadas em álbuns ou cadernos. O indivíduo vai olhar, apontar ou ter a informação apontada pelo parceiro dependendo de sua condição motora.

As Pranchas de Comunicação, enquanto recursos de alta tecnologia são as que exigem aparatos tecnológicos mais sofisticados, assim como os softwares, por exemplo. Tais recursos são:
- Comunicadores com voz gravada - são comunicadores onde as mensagens podem ser gravadas pelo parceiro de comunicação.
- Comunicadores com voz sintetizada - No comunicador com voz sintetizada o texto é transformado eletronicamente em voz.
- Computadores - Com o avanço da tecnologia têm surgido novos sistemas de CAA para as pessoas com deficiência.

Dentre as pranchas mais comuns podemos relacioná-las da seguinte forma:

Eye-gaze - pranchas de apontar com os olhos que podem ser dispostas sobre a mesa ou apoiada em um suporte de acrílico ou plástico colocado na vertical. O indivíduo também pode apontar com o auxílio de uma lanterna com foco convergente, fixada ao lado de sua cabeça, iluminando a resposta desejada.

Avental - é um avental confeccionado em tecido que facilita a fixação de símbolos ou letras com velcro, que é utilizado pelo parceiro. No seu avental o parceiro de comunicação prende as letras ou as palavras e a criança responde através do olhar.

Comunicador em forma de relógio - o comunicador é um recurso que possibilita o indivíduo dar sua resposta com autonomia, mesmo quando ele apresenta uma dificuldade motora severa. Seu princípio é semelhante ao do relógio, só que é a pessoa que comanda o movimento do ponteiro apertando um acionador.



http://www.comunicacaoalternativa.com.br/recursos-na-caa

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Menino tenta levar vida normal após raro derrame aos 2 anos

O menino britânico Peter Wolffsohn tinha dois anos de idade quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC, também conhecido como derrame), sem que seus pais percebessem.
Os pais acharam que ele estava fazendo manha, mas no dia seguinte perceberam que alguma coisa estava errada.
Ele não falava muito, não aceitava fazer nenhuma atividade e não segurava seu copo direito.
Após uma ida ao consultório médico e a realização de vários exames, incluindo uma ressonância magnética, foi descoberto que o menino havia tido um derrame, problema normalmente associado a pessoas mais velhas.

Leia mais: Acesse o link abaixo.

Botox pode ajudar a melhorar o movimento nas crianças que sofrem da paralisia cerebral

http://www.news-medical.net/news/2004/08/26/14/Portuguese.aspx

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Música com interpretação para surdocega (veja todo o vídeo).

INFORMATIVO - SURDOCEGUEIRA E DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA (DMU)

Conceito de Sudocegueira:
"É uma deficiência única, com graves perdas visual e auditiva combinadas. Essa condição leva a pessoa surdacega a ter necessidade de formas específicas de comunicação, para ter acesso a educação, lazer, trabalho, vida social, etc..." Não há necessariamente uma perda total dos dois sentidos.

Tipos de Surdocegueira:
-Indivíduos que eram cegos e se tornaram surdos;
-Indivíduos que eram surdos e se tornaram cegos;
-Indivíduos que se tornaram surdocegos;
-Indivíduos que nasceram ou adquiriram surdocegueira precocemente, ou seja, não tiveram a oportunidade de desenvolver linguagem, habilidades comunicativas ou cognitivas nem base conceitual sobre a qual possam construir uma compreensão de mundo.

Aprendizagem das Pessoas com Surdocegueira
Segundo Mc INNES (1999), indivíduos com surdocegueira demonstram dificuldade em observar, compreender e imitar o comportamento de membros da família ou de outros que venha entrar em contato, devido à combinação das perdas visuais e auditivas que apresenta.

Formas de Comunicação
- Intérprete de Libras e/ou guia-intérprete – o surdocego visualiza mentalmente características de cada sinal através do movimento.
- CCTV é um apoio de leitura que amplia a figura até sessenta vezes o seu tamanho.
 - Braille, são pontos em relevo que combinados formam letras.
 - Tellethouch - Aparelho de Conversação
 - Tablitas de comunicação, fabricadas em plástico sólido, representam em relevo as letras e os números ordinários, assim como, caracteres do sistema braille
- Alfabeto datilológico –São letras do alfabeto manual utilizado pelas pessoas surdas. Apenas que neste caso está adaptada à versão tátil.
LETRAS DE FORMA
- Tadoma, é um método de vibração do ensino da fala. A criança que está sendo ensinada no tadoma tem que colocar uma e inicialmente as duas mãos na face da pessoa que está falando. Com bastante treino e prática a possibilidade de se comunicar através deste método tende a ser grande SISTEMA PICTOGRÁFICO.

PESSOA COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA (DMU)

CONCEITO

São consideradas pessoas com deficiência múltipla aquelas que “têm mais de uma deficiência associada. É uma condição heterogênea que identifica diferentes grupos de pessoas, revelando associações diversas de deficiências que afetam, mais ou menos intensamente, o funcionamento individual e o relacionamento social.”
(MEC/SEESP, 2002)

COMUNICAÇÃO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA

As interações de comunicação e atividades de aprendizagem devem respeitar a individualidade e a dignidade de cada aluno com deficiência múltipla. É necessário estar atento ao comportamento, pois pode indicar tentativas de comunicação que pode acontecer de diversas formas e símbolos.

Necessidades específicas das pessoas com surdocegueira e deficiência múltipla

O corpo é primordial, é a base para descobrir o mundo e a si mesmo. Sendo assim, é primordial favorecer o desenvolvimento do esquema corporal buscando a verticalidade, equilíbrio postural, articulação, harmonização dos movimentos, autonomia em deslocamentos e movimentos, aperfeiçoamento viso motora global e fina e o desenvolvimento da força muscular.


quinta-feira, 13 de março de 2014

DAMÁZIO, M. F. M.; FERREIRA, J. Educação Escolar de Pessoas com Surdez-Atendimento Educacional Especializado em Construção. Revista Inclusão: Brasília: MEC, V.5, 2010. p.46-57.


Os autores trazem reflexões acerca da educação escolar da pessoa com surdez, e nos convida a interpretar sob a ótica do pensamento pós-moderno. Nessa perpectiva, a pessoa com sudez, “[...] é vista como um ser humano descentrado, em que os processos perceptivos, linguísticos e cognitivos poderão ser estimulados e desenvolvidos, tornando seres humanos capazes, produtivos e consituído de várias linguagens”, com portencial para ler, escrever e até falar.
Rompem com o embate linguístico entre gestualistas e oralistas afirmando que a educação da pessoa com surdez não pode ficar centrado numa língua ou noutra, mas que o foco deve ser a qualidade e a eficiência das práticas pedagógicas. Os autores afirmam que é necessário “construir um campo de comunicação e interação amplo, possibilitando que as línguas tenham o seu lugar de destaque, mas que não seja o centro de tudo o que acontece nesse processo” (p.48), e enfoca a importância em se discutir a presença do profissional que atua no processo.
Para os autores a pessoa com surdez não deve ser concebida como dotada de uma identidade e cultura própria, mas sim como ser “[...] biopsicosocial, cognitivo, cultural, não somente na constituição de sua subjetividade, mas também na forma de aquisição e produção de conhecimentos”. Portanto, é necessário pensar e construir práticas pedagógicas voltadas para desenvolvimento das potencialidades da pessoa com surdez respeitando suas singularidades e diferenças e que a escola esteja imersa nessa rede de saberes.
Neste contexto, os autores propõem pensar a abordagem bilingue para a educação linguística da pessoa com surdez, deslocando o lugar linguístico, sendo:

“[...] a LIBRAS e a Língua Portuguesa, em suas variantes de uso padrão, ensinadas no âmbito escolar, devem ser tomadas em seus componentes histórico-cultural, textual, interacional e pragmático, além de seus aspectos formais, envolvendo a fonologia, morfologia, sintaxe, léxico e semântico.”
(DAMÁZIO e FERREIRA, 2010, p. 49).

Para os autores, além de um ambiente estimulador que desafiem o pensamento e exercitem a capacidade perceptivo-cognitiva, a escola precisa explorar as capacidades desses alunos em todos os sentidos. Sendo assim, os autores:

“[...] legitimam a abordagem bilíngue e aplicam a obrigatoriedade dos dispositivos legais do Decreto 5.626 de 5 de dezembro de 2005, que determina o direito de uma educação que garanta a formação da pessoa com surdez, em que a Língua Brasileira de sinais e a Língua Portuguesa, preferencialmente na sua modalidade escrita, constituam línguas de instrução, e que o acesso às duas línguas ocorra de forma simultânea no ambiente escolar, colaborando para o desenvolvimento de todo processo educativo.” (DAMÁZIO e FERREIRA, 2010, p. 50)


Com o objetivo de promover a autonomia e a independência social, afetiva, cognitiva e linguística da pessoa com surdez na escola e fora dela é disponibilizado o Atendimento Educacional Especializado, organizado em três momentos:

1 – AEE em Libras; com foco na base conceitual dos conteúdos;
2 – AEE de Libras; prioriza os aspectos gramaticais da LIBRAS;
3 – AEE para o ensino de Língua Portuguesa; ensino da gramática da língua portuguesa, leitura e escrita.